Acerca de mim

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Sou uma pessoa de natureza particularmente sonhadora. Sou simpatica e empática; sou pouco ambiciosa e pouco aventureira; prefiro a tranquilidade à confusão das multidões; sou amiga dos meus amigos, sincera e honesta.

domingo, 5 de julho de 2009

O sonho acabou

A história começou
De sonho a passar,
À realidade chegou
Para logo acabar.

Não adianta forçar
A ilusão da mente, sair
Para na realidade concretizar,
Aquilo que a pode destruir.

Esta alma tão fraca estava,
Sonhando constantemente
Mas, para a cura bastava
Atingi-la profundamente.

Atingi-la com a luz
Que no horizonte espreitava,
Levando-a para longe da cruz
Que a atrair, estava.

Que fonte de inspiração,
Que sonho eloquente.
Sentindo tão forte esta ilusão
questionando a própria mente.

Dormente estava sua mente por não ver
o que para ela era a realidade
Sentindo um estranho poder,
Saindo do sonho de felicidade.

Felicidade relativa
Mas nunca construtiva,
Felicidade enganadora,
E por sinal destruidora.

A alma acordou
E os seus olhos abriu,
Por um momento vislumbrou
O sonho que a atraiu.

Sorrindo passou,
Encantada conseguiu,
Ultrapassar o que a usou
E sem olhar para trás partiu.

Em toda esta poesia
O seu mundo alegrou,
Durante um tempo esta alegria,
Sua vida de luz, decorou.

Mas uma luz falsa,
Que brilhar não podia,
Apenas era baça,
Num aspecto escura e luzidia.

Agora, por fim o descanso,
E ruma sem medo.
A tranquilidade é um avanço,
Para esta alma, viver nunca é cedo.

sábado, 4 de julho de 2009

Aquilo que eu preciso

Aquilo que eu preciso
Não é o que me queres dar.
Aquilo que preciso,
É de um sonho concretizar.

Preciso sentir tudo e muito
Sentir na profundidade da alma
Preciso encontrar um sentido
Que me faça respirar com calma.

Tudo o que preciso
Não é o que me vais dar.
Preciso de minha alma satisfazer
De um sentimento espectacular.

Aqueles sentimentos que se sentem
Com os olhos fechados
Aquela sensação de alegria
Como a um estado de extase, elevados.

Tudo o que preciso
Tu não me podes dar.
É a conclusão a que cheguei,
E apenas me resta sonhar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Liberdade de sonhar

Que vontade de desprender a alma do corpo
E ficar voando, voando, sem fim.
Que vontade de correr sem parar,
Que vontade tão grande que existe em mim.
Vontade do sol, com seu esplêndido brilho, abraçar.
Vontade das nuvens, no céu azul, poder alcançar.
É a vontade que transcende todo o nosso conhecimento
Que nos leva para longe do mundo real.
É a vontade impossível, reprimida em seguida
Por aquela estranha consciência fatal.

O que reprime o sonho, o que reprime a paixão,
É aquilo que é unicamente consciente
É aquela tão dilacerante e impetuosa razão,
Sempre no fundo da mente presente.
Mas nunca finda este desejo
Que no vazio do pensamento,
Vai sua vontade realizar.
Para que esse grande acontecimento
Possa a ilusão ultrapassar.

E na liberdade do sonhar
Vamos ser livres e flutuar,
Para longe da realidade enganadora,
Para longe da prisão avassaladora,
Para longe da dor da solidão,
Para longe de toda e qualquer razão.
Vamos para a nossa ilha deserta
Encontrar o céu e o mar em sintonia.
Vamos rumar em frente à vida
Saindo da melancólica e triste monotonia.

Desejo escondido

Desejo refreado
Vontade comprimida,
Por um sonho encantado,
Que nunca terá vida.

Foi no silêncio de um olhar,
Que o tempo paralisou.
Apenas por vislumbrar
O sonho que a encantou.

Por um segundo,
Aquele momento gravado,
Um sorriso meio tímido,
Um desejo encantado.

Toma o teu tempo
E confia em mim,
Se queres ao infinito chegar
E teu desejo concretizar.

Relaxa e ruma sem medo
O tempo passa tão depressa
Não julgues que é cedo
E a enfrentar a vida começa.

sábado, 20 de junho de 2009

Não. Quando digo não, é não

Não. Quando digo não, é não.
Não quero sentir-me presa
Por um desejo ou por uma emoção.
Não. Quando digo não, é não.
Não quero estranhos sentimentos
A apoderarem-se de minha alma.
Não. Quando digo não, é não.
Não quero modificar a minha realidade
Não quero superar a minha verdade.
Não. quando digo não, é não.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hoje acordei inspirada

Hoje acordei inspirada
E as palavras começaram
A surgir do nada.
Um estranho sentimento,
De alegria se apoderou do meu ser,
Só porque nasceu em mim um novo dia
E a Deus tenho de agradecer.
Estar viva e ver,
O meu menino a crescer.
Hoje acordei inspirada
E a poesia surge,
Na minha alma de forma descontrolada.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quis superar meus medos

Quis superar meus medos,
quis meus sonhos desencantar.
Lancei-me sobre rochedos.
E de olhos fechados atirei-me ao ar.

Pensando em algodão cair
Pensando não me magoar.
Mas de repente comecei a sentir,
O mundo debaixo de mim a desabar.

O Nada me dominou,
À deriva meu sonho ficou.
Sem rumo fiquei prostrada
E a minha mente bloqueou.

O tempo nao quis parar.
E continou sempre a girar.
Não me deu tempo para acabar
E meu objectivo alcançar.

Ri-te, Ri-te tempo desnaturado,
Que me falhaste quando necessitava de ti.
Pensavas derrubar-me com teu bastão dourado;
Eganaste-te, pois ainda não chegou ao fim.

No limiar da realidade

A chuva cai na janela, lentamente
Como é tão bela, tão transparente.
As lágrimas caem dos meus olhos
E ambas se confundem continuamente.

Lá fora à minha espera
Está-se rindo, a realidade
Olhando-me com desdém
Tirando-me a liberdade.

Liberdade de sonhar, liberdade de contar,
Ao mundo o que me atormenta.
E aquilo que me alimenta
não me deixa encontrar.

Sinto as pernas a tremer,
Sinto o coração com mais força bater.
Sinto o sonho a desvanecer,
E aquela luz a desaparecer.

Mas outra luz, do nada surgiu.
A alma mais confusa ficou.
Outro caminho ela viu,
E outro destino para ela se lançou.

Que decisão tomar
Para a solução encontrar?
Ou segue o caminho longo e tortuoso,
Ou o caminho curto e facilitoso.

Mais uma partida do Destino,
Que brinca com esta alma, dia a dia.
Não sabe, no seu canto ficar quieta,
E dar-lhe a mais doce melodia.

A melodia do sonho
A melodia que a desperta.
Para vencer a Realidade,
Encontrar a solução mais certa.

Memórias

Fiquei presa no passado
E as memórias afloram no meu pensamento.
De repente e sem me aperceber
Defronto-me com um sentimento.

Sentimento de saudade
Daquilo que nunca vivi.
Saudade de uma vida
Que nunca descobri.

Fiquei presa no passado
Fiquei retida naquela fantasia.
O sentimento é demasiado
E resiste numa grande energia.

Todas as minhas recordações
Mantêm-te perto de mim.
Oh! Sonho que nunca começaste!
Mas que nunca terás fim.

São as memórias que retêm
O sonho que desapareceu,
Para que, as que dele advêm
Encontrar um novo eu.

Momentos silenciosos que nunca desaparecem
Das memórias recônditas do cérebro.
Momentos deliciosos que nunca se esquecem
E para todo o sempre lá permanecem.

A realidade envolve-me sem dar conta,
Que sempre que naquela hora de ponta
Estão num grande engarrafamento
As recordações daquele momento.

Perto de mim continuo a ouvir
O sussurrar das tuas palavras silenciosas.
Entrando dentro da minha fantasia
Em lágrimas gélidas e contagiosas.

Presas para sempre num pacote bem embrulhado
Todas as memórias ficam escondidas no passado.
A realidade torna-as inertes para sempre
No meu mundo onde o sonho é ultrapassado.

sábado, 6 de junho de 2009

O Destino

Na escuridão do mundo interno
A luz tarda em aparecer;
Para abrir a porta ao mundo externo,
E dar-me energia para viver!

O Destino e o Fado complementam-se
Ambos estão em sincronia.
As tristezas e desilusões são tantas
Que me invadem com uma estranha agonia.

O caminho que me talhaste
Oh! Destino, que trágico….
Mas tu nunca pensaste,
Que os obstáculos que me criaste
Não se destruiriam num mundo mágico?

No meio do nevoeiro procurei encontrar
O caminho que me talhaste,
Oh! Destino cruel.
Mas ainda não consegui encontrar
No mundo, o meu papel!

Porque é tão difícil
Porque é tão complicado
Encontrar um pedacinho de felicidade
Neste mundo tão desgastado.

Neste pequeno pedaço do mundo
Onde vivo tão prazenteiramente
Apenas queria realizar
A outra parte do meu sonho
Que ainda não consegui concretizar!

Sonhava com uma casa e uma família
O que tu me deste, em bendita hora
Oh! Destino. Tão prontamente me ajudaste.
Mas sem me pedires autorização
Mais obstáculos, me colocaste.

É difícil realizar e não sei como conseguir
Um emprego encontrar
Nesta pequena localidade,
Que de boa vontade me deixou entrar,
E com os seus braços a abrir.

Divagando por aqui ando
Neste mundo sem destino,
Tentando encontrar um sentido
Para minha alma tão oprimida
Que neste mundo se vai omitindo.

Sonho ou Realidade

São Momentos, são fugazes,
São sonhos, são vivazes,
Instantes tão próprios
Embora mordazes.
Capazes ou incapazes
Da aventura correr.
Encontrar no sonho
Tudo o que não vai acontecer.

Contudo, na realidade
Vivemos esta verdade.
Estamos sintonizados,
Estamos destinados
Do sonho não esquecer,
Das lembranças sempre conter.


A verdade deste mundo
Tão cheio de incongruências,
Nele chegámos a tentar
Ultrapassar novas diligências.

Queremos, mas não podemos.
E jogamos todos com isso.
Ao encontrar, alegria temos
Ao acabar tristeza vemos.

Louco sim, louco é o Homem.
Tão louco que vive à beira do abismo
Querendo concretizar seus sonhos,
Deixando-se levar até ao extremismo.

Sim, ao extremo de sua alma,
Encontrar um poço sem fundo,
De desejos sem calma
De possuir por inteiro, o mundo.

Mas lá está a realidade
A forçar a entrada,
No mundo Louco desta alma
Que se sente aprisionada.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Alma Transtornada

Chora, alma vazia, chora
Chora muito alma vadia.
Chora, alma sem rumo,
Chora alma fugidia.

Mas chora alto,
Muito alto,
Chora a gritar,
Mas, não chores só por chorar!

Chora, porque estás ferida,
Chora, porque estás magoada.
Chora, porque desta vida
Estás demasiado cansada.

Chora, até teus olhos,
Cansados de chorar,
Fechem as cortinas
E te deixem descansar!

Parte, alma sem destino.
Procura o teu rumo desconhecido,
Ultrapassa o denso nevoeiro,
Encontra o teu sonho desaparecido.

Aquele sonho onde há Harmonia
Onde a paz tem o seu reinado,
Onde encontras total Alegria
Num mundo totalmente transformado.

E, por fim, num último suspiro
Oh! Alma, que tanto aspiraste,
Estarás para sempre na mente
Daqueles que abandonaste!

A Sonhadora

Oh! Voa para longe realidade.
Deixa a fantasia aflorar.
Não me prendas com o teu manto de maldade,
Deixa-me continuar a sonhar!

Um dia alguém disse:
“És uma sonhadora incurável”
Eu respondi de momento
“Não consigo ver a realidade
neste meu mundo adorável”

Estou presa, estou atada
Ao mundo da fantasia,
Longe da realidade,
Numa linda terra de magia!

E impossível de lá sair
Existem lagos de eterna harmonia.
Há luz, paz e alegria
Nestas terras lindas de fantasia!

A tentação por vezes espreita
Tenta abrir uma porta,
Para encontrar um meio
De me desviar da minha rota!

Quer levar-me para o mundo actual
Para a realidade da minha vida.
Para um mundo sem emprego,
Mas não encontra saída!

Voa para longe oh! Tristeza
Que me afogas num mar de crueldade.
Não tem volta eu tenho a certeza
A magia no mundo da realidade.

lágrimas silenciosas

Lágrimas silenciosas dos meus olhos
estão a cair,
Banhando meu rosto
Que as não consegue sentir.
Lágrimas silenciosas que
Brotam do fundo da minha alma.
Que transmitem a dor esquecida,
Despertando minha mente adormecida.

O desespero vai-se acumulando,
Nada existe que desvie a dor desta alma,
Enclausurada num manto de desesperança.
Nada lhe consegue levar a calma,
Nada existe que lhe dê confiança.


Olhando pela janela com seus olhos encharcados,
Observando as gotas de chuva que caiem lá fora,
Até parece que se misturam com suas lágrimas frias,
que teimam em rolar pela sua face, naquela triste hora,
E no silêncio da dor que trespassa suas alegrias.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Vazio

Num estado de espírito tão apático,
Encontro-me no silêncio e na escuridão,
Esperando que a luz apareça,
Para fazer desaparecer esta terrível sensação.

Sabemos quando estamos tristes;
Sabemos quando estamos zangados;
Sabemos quando estamos felizes;
E com o mundo andamos encantados.

Mas, quando a sensação é de vazio,
Ficamos sem ânimo olhando
Para o céu triste e luzidio,
E pela estrela brilhante esperando.

Num local onde nada existe
Encontro a radiosa sensação de paz.
Mas no silêncio que ali persiste,
Um som quase inaudível vem de trás.

Uma voz imperceptível chama por mim
Uma voz fraca, mas que me atrai.
Caminhando devagar sigo essa voz
E sem me aperceber, no abismo, ela cai.

Como, neste momento a posso encontrar?
O que posso fazer?
Como aquela voz vou alcançar
Se lá no fundo foi bater?

De olhar fito no vazio,
Sinto uma vontade estranha de chorar.
O dia está cinzento e frio,
O mundo parece em mim querer desabar.

Estou sem força, estou a derrapar,
Neste espaço, neste buraco sem fundo
Que me atrai sem parar,
E que me leva para longe do mundo.

Longe do mundo, longe da realidade
Longe de toda a angústia e de toda a verdade,
Perto daquela voz que tanto procuro,
Perto do meu sonho e de minha vontade.

Contradições

Porquê que não afirmo “Estou Feliz”
Porquê que não afirmo “ Estou satisfeita”
Porquê que não afirmo “Não vou desanimar”
Porquê que só penso ao contrário? Porquê?

Tantas questões e nenhuma resposta.
Tantas inseguranças, tantas crises de identidade.
Sinto-me a derrapar para fora da realidade,
Sinto o meu cérebro a atrofiar com a verdade.

Estou parada, olhando o infinito
Estou de olhos fitos no horizonte.
Nada muda diante do meu olhar
Apenas aquela melodia ouço tocar.

É aquela melodia que me dá força
É aquele som que trás ânimo
E a lutar continuar
Para no sonho não me imobilizar.


Quero tanto encontrar
A solução miraculosa
Que leve a entender
A vida dolorosa.

Quero ter força
Para não desistir
Entender o meu ser
E a minha maneira de sentir.

Tudo passa, tudo esquece
O tempo é quem me vai ajudar
Fazer com que o negativismo desapareça
E me fazer, a minha força, encontrar.

E no fim será que, a resposta, vou encontrar
Às questões que me surgem no cérebro?
Serei capaz de modo ciente e coerente a todas elas responder?
Estarei pronta para, mais questões, não fazer?
Responder a questões com outras questões
É a resposta a que consigo chegar.

A razão/ O sonho

Tantos sonhos sonhados
Tantas lágrimas derramadas
Tantas ilusões criadas.
Para no fim apenas ficar
A saudade daquilo
Que não consegui realizar.

A razão interpela a verdade
Não deixando a consciência florescer.
A razão interpõe-se entre o sonho e a realidade
Deixando apenas aquele estranho querer.

Querendo mas não conseguindo.
Desejando mas sempre se afastando
Daquela ilusão, daquele desejo
Daquela vontade, daquele ensejo.

Sim a verdade e a realidade e a consciência
Serão sempre obstáculos para a concretização
De tudo aquilo que está na base da fantasia
E da sua criação.

Oh! Quem me dera ter asas e poder voar
E meus sonhos, concretizar!
Oh! Quem me dera ao maior cerro
Poder trepar
E minhas mágoas poder,
Para fora, gritar!
Oh! Quem me dera
Quem me dera
Quem me dera…